Ando a precisar de ti. Fazes-me demasiada falta. Sabes disso ao menos? Não vale a pena dizer que não porque tu sabes que eu já to disse mil e uma vezes. Ando a precisar dos teus olhos posts em mim, do teu riso e sorriso. Dos momentos em que podíamos falar sem nos termos que chatear... sem tocar no assunto chave.
Temos os dois um pequeno rancor. Um rancor que ambos tentamos pôr de lado. Que tu tentas pôr de lado. Sim, tu. O meu está posto de lado desde o momento em que percebi que assim não iríamos a lado nenhum. O que mais me custa nisto tudo, é saber que tu pensas que eu não te amo. Se ao menos soubesses o quanto o meu amor é ilimitado por ti... Mesmo que queira, não consigo deixar de pensar em ti todas as noites. Não deixo de pensar naquela tarde. Na nossa tarde, em que tudo aconteceu. Os meus desejos foram realizados e os meus lábios foram domados pelos teus.
Quero continuar a lutar por nós, por tudo isto, mas estou a ficar sem forças. Estou a ficar com o coração tão fraco, com a respiração tão irregular que quase não a tenho. E quando me apercebo que estou a lutar por algo que talvez já não irei voltar a ter, mais fraca fico. Sim, voltar a ter. Eu já te tive, já foste meu. Foste tão meu como eu fui tua, tão meu como a minha alma e o meu coração foram teus. Entreguei-me a ti e saí magoada.
Gostava de puder dizer que te quero só por um bocado mas não conseguiria. Eu quero-te durante um tempo indefinido mas longo, queria mais dos teus beijos, mais dos teus sorrisos e mais dos teus olhares. Já nem acredito no amor. Já não acredito que os seres humanos têm a capacidade de amar alguém. Mas por mais estúpido que seja, quando penso ou olho para ti, volto a acreditar no amor. És tu que me fazes pensar que o amor não existe e existe. Fazes-me querer o errado e o certo. Divides-me entre os opostos.
Lembras-te da noite em que estivemos a falar por mensagens e estavamos ambos divertidos? E da noite em que discutimos e que eu confessei que não conseguira dormir na noite anterior, por acordar de 30 em 30 minutos, a chorar? Eu lembro-me. Lembro-me também que, a seguir a isso, me pediste para eu não chorar e que nem me conseguias imaginar a fazê-lo. O que mais me causava dor, era a maneira como minutos antes me falavas. Da maneira que te dirigias a mim, com as palavras carregadas de angústia. Da maneira como me atiravas as palavras à cara. Da maneira que me disseste que só ias falar comigo quando te apetecesse.
Dois dias depois, vi-te na escola. Comecei a chorar quando me apercebi que não me irias falar mesmo. Fui direita para a casa de banho e quando de lá saí, estavas tu a entrar no pátio da papelaria. Nem imaginas a vontade enorme que me deu para correr dali para fora. Mas não o fiz, por motivos óbvios. Esses motivos que me correm na cabeça todos os dias. Eu juro-te que se soubesse que eras tu que querias falar comigo. Se o soubesse, teria ficado. Teria ficado ali contigo, como prometi ficar, mentalmente.
Fazes-me sentir de uma maneira tão boa, simples e sentida. Fazes-me sentir de uma maneira má, simples e sentida. Gostava de saber como fazes isso, para eu o puder fazer a ti também. Gostava de te ver passar pelo que estou a passar, nem que fosse só um pouco.
Ontem fazia um mês que namorávamos. O dia arrastou-se. Só tinha vontade de chorar e de gritar. Lamento que tudo isto esteja a acontecr e só quero e espero que tudo passe e que fiquemos bem... os dois... se é que me entendes.
Eu ainda te amo.
it's so hard say goodbye.